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Przydacz: guerra na Ucrânia e as relações Brasil-Polônia foram os objetivos da visita

Brasília, 1º de agosto de 2022
Claudia Godoy

O vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Marcin Przydacz.

Discutir a invasão russa da Ucrânia e suas consequências negativas para todos os países e reforçar as relações bilaterais entre Brasil e Polônia foram os objetivos da visita a Brasília, na semana passada, do vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Marcin Przydacz. A viagem fez parte de um giro pelas Américas que incluiu Estados Unidos, Panamá e México.

Ao falar com a imprensa na embaixada polonesa em Brasília, Przydacz, que estava acompanhado da diretora do seu ministério, Dorota Barys, e do embaixador Jakub Skiba, afirmou que em suas conversações com o chanceler brasileiro, Carlos França, no Itamaraty, discutiram as maneiras de aumentar o volume de comércio bilateral, que já atinge ao redor de US$ 2,3 bilhões, assim como a cooperação econômica em várias áreas tecnológicas, e as possibilidades de investimento de empresas brasileiras na Polônia.

No tocante à invasão russa da Ucrânia, o vice-ministro polonês elogiou a posição brasileira na ONU, de condenação à “atitude agressiva e imperialista de Moscou” e destacou a importância de que o Brasil, como membro do BRICS, contribua para convencer a Rússia a retirar suas tropas do território ucraniano.

Para Przydacz, qualquer solução diplomática do conflito deve basear-se na retirada total das tropas russas dos territórios na Ucrânia, sendo evitadas quaisquer concessões ao regime do presidente Vladimir Putin, pois, como comprova a história, elas somente serviriam para “estimular novas agressões russas”. Acrescentou que o dirigente russo busca, há tempos, restabelecer as zonas de influência da extinta União Soviética ou até do Império dos Czares, o que não pode ser aceito pela comunidade internacional, já que significaria voltar aos séculos XVIII ou XIX, quando as grandes potências determinavam o futuro das nações menos poderosas.

O vice-chanceler polonês ressaltou que a Ucrânia, como aliás todos os países, independentemente de seu poderio ou tamanho, tem o direito de escolher o seu destino e determinar os seus parceiros, além de decidir em quais organizações ou blocos internacionais desejam entrar, como é o caso da União Europeia ou da Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Lembrou que a Polônia já fez essa opção no passado, com resultados muito positivos.

Przydacz garantiu que a Polônia manterá o apoio ao povo e ao governo ucranianos em sua luta pela independência, evidenciada, entre outros fatos, pela excelente recepção dada a milhões de refugiados provenientes da Ucrânia.

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