sexta-feira, 26, abril, 2024
spot_img

Embaixadora da República Tcheca informa metas tchecas no Conselho da UE

Brasília, 11 de julho de 2022
Por Claudia Godoy
 
 
A embaixadora da República Tcheca, Sandra Linkensederova, na residência oficial, em Brasília.
 
Energia, defesa, economia, solidariedade
e democracia serão as prioridades
da República Tcheca, neste semestre, durante a presidência no Conselho
da União Europeia. A informação é da embaixadora da República Tcheca, Sandra Linkensederova.
 
“Uma de nossas prioridades será a crise energética porque a Europa dependia muito do petróleo e do gás russo, também do carvão, e, neste momento, está fora de questão continuarmos assim”, dissse Linkensederova. A diplomata acrescentou que os europeus irão agora acelerar a transição para as fontes de energia renováveis e procurar outras medidas e outros recursos, como o hidrogênio e energia nuclear. “Essa transição, que era para ser suave, terá de ser muito rápida, obviamente a questão nuclear também será uma questão. Os países da União Europeia têm atitude um pouquinho diferentes perante essa questão”, informou a embaixadora.
 
A Defesa europeia será também uma das prioridades importantes. “Teremos que definir os pontos mais frágeis para acelerar a independência tecnológica. A guerra trouxe a necessidade de acelerar a robusta tentativa de passarmos a ser independentes, com tecnologias avançadas que irão nos dar muito mais segurança “, disse Linkensederova.
“As ameaças passaram para o espaço cibernético, é uma questão relativa nova. Também vimos que as ameaças em geral são assimétricas, não é questão de guerra terrestre, hoje sim, mas em geral temos que ver a guerra no espaço cibernético”, afirmou a embaixadora. Ela também revelou que a aliança com a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (OTAN) será reforçada. “Será o fundamento da segurança do espaço europeu”, disse Linkensederova.
 
A economia é outra prioridade importante da República Tcheca durante a presidência no Conselho da União Europeia. “Não podemos mais depender dos recursos dos países que não achamos democráticos e seguros. Então, temos que reiventar a autossuficiência em medicamentos, alimentos, semicondutores”, afirmou a embaixadora.
 
Linkensederova também ressaltou a preocupação tcheca com as famílias mais pobres. “A crise da economia vai se agravar, o inverno vai chegar e pode ser um inverno muito frio e duro. As pessoas vão precisar de ajuda e apoio do Estado”, destacou a embaixadora, analisando também que a União Europeia terá de jtrabalhar para adotar medidas com o intuito de impulsionar os mercados internos de cada país, além do europeu. “Temos que procurar caminhos para fazer mercado forte e economia resistente, autossustentável e inovativa”, avaliou Linkensederova.
 
A embaixadora citou como última meta da República Tcheca na presidência do Conselho da UE a “resiliência das instituições democráticas e da democracia em geral”. Sandra avalia que os europeus terão de focar na força e saúde das instituições democráticas e na questão dos direitos humanos.
spot_img

Últimas publicações