O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), o banco do BRICS, anunciou nesta segunda-feira a concessão de um crédito de US$ 1 bilhão ao Brasil, recursos que se destinam ao programa Auxílio Emergencial do governo para o combate à pandemia da COVID-19 e seus impactos socioeconômicos no país e que deverão beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas.
“O propósito do empréstimo é apoiar o governo do Brasil para fortalecer as redes de segurança social e abordar os impactos socioeconômicos imediatos que surgem do surto da COVID-19 e atingem particularmente a população mais vulnerável do Brasil, que tem sido muito afetada pela epidemia”, afirmou o NDB em um comunicado.
“O financiamento do NDB constitui uma ferramenta importante para que o governo brasileiro assegure uma resposta fiscal robusta de combate à pandemia e para permitir que investimentos prioritários sejam efetuados, apoiando a retomada econômica”.
A principal ajuda econômica anunciada pelo governo brasileiro durante a pandemia foi um pagamento de 600 reais (US$ 115) concedidos durante cinco meses aos trabalhadores informais e às mães solteiras com renda per capita mínima.
O montante anunciado na última segunda-feira (20) se somará aos financiamentos de outros cinco bancos multilaterais e agências internacionais de desenvolvimento (Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento da América Latina, Agência Francesa de Desenvolvimento e o Banco de Desenvolvimento Estatal alemão) que, no total, emprestarão US$ 4 bilhões ao Brasil.
O presidente do NDB, Marcos Troyjo, afirmou que “a operação marca uma importante conquista do governo brasileiro e do NDB na colaboração com outros bancos multilaterais e agências de desenvolvimento que uniram esforços para combater a COVID-19 no país”.
O NDB é o banco de desenvolvimento do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Essa é a quarta operação emergencial do NDB para apoiar seus países membros em reduzir impactos do novo coronavírus. Financiamentos semelhantes foram concedidos à China, Índia e África do Sul.
Com o novo crédito, o volume de projetos aprovados pelo NDB para o Brasil chega a US$ 2,55 bilhões e a participação do país no portfólio total do Banco saltou de 8 para 13%.