O embaixador da Alemanha, Georg Witschel, disse esperar o desbloqueio do Fundo Amazônia que conta com mais de R$ 3 bilhões para o combate ao desmatamento da Amazônia. “O Brasil e o mundo precisam não somente do Fundo, mas de cooperação forte, a fim de lutar contra o desmatamento e a mudança climática e garantir a vida, a economia sustentável do Brasil e do resto do mundo”, disse o embaixador alemão. Witschel já se despediu do Brasil depois de quatro anos. As informações são da Embaixada da Alemanha no Brasil.
O embaixador Georg Witschel e a embaixatriz alemã, Sabine Witschel, que trabalharam cerca de 4 anos no Brasil. Foto: Embaixada da Alemanha.
Os repasses para o Fundo Amazônia foram suspensos no ano passado por Alemanha e Noruega, que se disseram preocupados com o aumento do desmatamento no Brasil e afirmaram que o país quebrou acordo ao extinguir conselhos que orientam o fundo.
Os governos da Alemanha e da Noruega são os principais financiadores do Fundo Amazônia, que conta com mais de R$ 3,1 bilhões. A Noruega doou 93,3% deste valor, seguido pela Alemanha (6,2%), e a Petrobrás, que doou 0,5%.
No ano passado, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu mudanças na estrutura do Fundo Amazônia, afirmando irregularidades na gestão do fundo, e sugeriu que os recursos do fundo fossem usados para indenizar desapropriações de terras em unidades de preservação na floresta amazônica.
Instituições do terceiro setor, além da Alemanha e a Noruega, protestaram contra as mudanças, afirmando que auditorias não haviam encontrado nenhuma irregularidade na gestão do fundo ou o acompanhamento dos impactos dos desmatamentos, afirmando “o aperfeiçoamento da eficiência, impacto e transparência do fundo” deve ser abordada “dentro da atual estrutura de governança”.