Por: Claudia Godoy
A embaixadada Israel publicou hoje nota em que desaprova o uso da palavra holocausto no discurso público. “O uso indiscriminado banaliza a memória e a tragédia do genocídio contra o povo judeu”, informou a embaixada, acrescentando pedido “em nome da amizade forte entre os dois países” que o holocausto fique à margem da política e da ideologia.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez uma comparação, nesta terça-feira (25) entre o tribunal de Nuremberg, responsável por julgar dirigentes nazistas, com a CPI da Saúde, a comissão parlamentar de inquérito em andamento no Brasil que investiga supostas omissões e irregularidades nos gastos do governo federal durante a pandemia de covid.
A Confederação Israelita do Brasil, Conib, também divulgou nota de repúdio ao paralelo feito por Renan.
“Essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou a entidade, que realiza uma campanha contra a banalização do Holocausto, que matou mais de 6 milhões de pessoas.
A Conib qualificou como “completamente indevidas” as comparações do momento atual com “os trágicos episódios do nazismo”.