segunda-feira, 10, fevereiro, 2025
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Chanceler paquistanês lembra 73 anos de espera por plebiscito na Caxemira

Com embaixada do Paquistão
Brasília, 10 de janeiro de 2022

Ministro das Relações Exteriores Makhdoom Shah Mahmood Qureshi em ocasião do Dia do Direito à Autodeterminação dos Caxemires

Hoje se completam 73 anos desde que as Nações Unidas se comprometeram
a que a Disputa de Jammu e Caxemira fosse decidida através do método democrático de um plebiscito livre e imparcial. Por meio da resolução de 5 de janeiro de 1949, o Conselho de Segurança das Nações Unidas afirmou seu apoio à realização do direito inalienável à autodeterminação dos caxemires.

A autodeterminação é um dos direitos fundamentais codificados em todos os
principais instrumentos de direitos humanos, bem como na Carta das Nações Unidas.

A privação deste direito e subjugação dos caxemires em IIOJK é a privação da
dignidade humana.

Infelizmente, esse direito ainda não foi garantido para os caxemires tendo em
vista a incessante opressão indiana nos territórios de Jammu e Caxemira ilegalmente ocupados pela Índia (IIOJK). Nas últimas sete décadas, três gerações de caxemires prestaram enormes sacrifícios por sua luta justa, embora a dignidade humana seja violada diariamente nos IIOJK.

Desde a tomada de ações ilegais e unilaterais em 5 de agosto de 2019, a Índia
tem buscado incessantemente uma maior consolidação de sua ocupação militar
ilegal, incluindo confisco de terras, influxo de não-caxemires e criação de
assentamentos estrangeiros nos IIOJK em flagrante violação do direito internacional,
especialmente da Carta das Nações Unidas, as resoluções relevantes do CSNU e a Quarta Convenção de Genebra.

O escalada de execuções extrajudiciais e as chamadas operações de isolamento e busca resultaram no martírio de mais de 500 caxemires desde 5 de agosto de 2019. Esta é uma manifestação hedionda do comportamento cruel e da falência moral da união BJP-RSS.

A Índia deve perceber que o uso de força brutal contra o povo da Caxemira, incluindo execuções extrajudiciais, tortura sob custódia, desaparecimentos forçados,
encarceramento de líderes e jovens da Caxemira, uso de armamento de chumbo,
destruição de domicílios para infligir punição coletiva às comunidades da Caxemira, e outros métodos de subjugação falharam no passado e não terão sucesso no futuro.

O movimento de resistência dos caxemires por seu direito inalienável à autodeterminação, conforme consagrado nas resoluções relevantes do Conselho de
Segurança da ONU, só se tornará mais forte em face do terrorismo de estado indiano.

O Paquistão apela à comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas,
organizações de direitos humanos e a mídia global, para tomar pleno conhecimento da situação agravante nos IIOJK e responsabilizar a Índia pelas flagrantes violações dos direitos humanos e graves crimes contra a humanidade no território ocupado.

A comunidade internacional deve agir em apoio às liberdades fundamentais e
aos direitos humanos básicos dos caxemires. As Nações Unidas devem cumprir sua promessa de conceder o direito à autodeterminação aos caxemires. Deve exortar a Índia a permitir a entrada de uma missão de apuração de fatos da ONU aos IIOJK para que as denúncias de graves violações dos direitos humanos naquele país sejam investigadas.

O Paquistão permanece em absoluto apoio e solidariedade com seus irmãos e irmãs da Caxemira. Continuaremos a estender todo o apoio possível à Caxemira até a realização de seu direito inalienável à autodeterminação de acordo com as
resoluções do Conselho de Segurança e as aspirações do povo da Caxemira.

Islamabad.

5 de janeiro de 2022
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Ministério das Relações Exteriores
(Gabinete do Porta-voz)
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Comunicado de imprensa

 

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