Por: Claudia Godoy
O governo de Singapura já vacinou mais da metade da população (53% em 28 de junho) de 5,7 milhões de habitantes do país e já começa a vacinar os adolescentes de 12 anos ou mais. Singapura comprou as vacinas da Pfizer e da Moderna, ao menos até agora e a vacina da Sinopharm foi aprovada no último mês.
“Estamos acelerando o processo (de vacinação) abrindo mais postos de vacinação comunitários, para que mais pessoas possam ser vacinadas. E estamos começando a vacinar adolescentes de 12 anos ou mais”, disse o Chargè d’ Affaires da embaixada de Singapura, Desmond Ng, com exclusividade para o site Bacuri Notícias.
O único desafio agora, segundo Ng, é garantir que o abastecimento das vacinas chegue aos singapurianos. “Acho que agora estamos enfrentando uma redução global de vacinas. Então, às vezes, você pode ter pedido as vacinas, mas a chegada demora”, afirmou o Chargè d’ Affaires, acrescentando acreditar que Singapura tem os mesmos problemas de muitos outros países, como o Brasil.
“Temos apenas cerca de 36 mortes (27/06) e os casos ativos são relativamente baixos, em 3.133. Até agora, 62.000 pessoas se recuperaram do vírus”, informou o diplomata singapuriano.
Em Singapura, antes mesmo de o primeiro caso ser detectado, foi criada força-tarefa de nível ministerial para lidar com a pandemia. “Somos um dos três principais países em termos de densidade populacional. Isso significa que a pandemia pode se espalhar rapidamente e sobrecarregar o sistema de saúde em um curto período de tempo”, lembrou Ng.
Singapura teve que agir rápido e decisivamente, o governo fechou as fronteiras para desacelerar as transmissões. “Alguns criticaram nossas medidas como uma reação exagerada no início, mas acreditamos que essa abundância de cautela valeu a pena, já que Singapura, até agora, registrou mortes muito baixas”, lembrou o Chargè d’ Affaires da embaixada singapuriano, em Brasília. O país registrou apenas cerca de 36 mortes (27/06) e os casos ativos são relativamente baixos, em 3.133. Até agora, 62.000 pessoas se recuperaram do vírus.
Ministros singapurianos, como do Comércio, Educação e Trabalho fazem parte da força-tarefa de combate à covid. Isso ajudou a coordenar uma boa resposta do governo à pandemia. “Isso foi feito porque sentimos que as respostas políticas que adotamos teriam um impacto considerável na educação, comércio, imigração, viagens e turismo”, garantiu o diplomata.
Em Singapura, o governo implementou o uso de máscara em todas as áreas públicas, realizou o rastreamento de todas as pessoas que poderiam ter tido contato com covid-19 e as colocamos em quarentena. “Aqueles que quebraram as medidas de quarentena foram punidos com multas. Alguns estrangeiros tiveram sua autorização de trabalho retirada. Então, eles tiveram que deixar Singapura”, afirmou Ng.
No início da pandemia, atividades como jantares e restaurantes, visitas a ginásios, incluindo serviços religiosos foram temporariamente suspensas. “Tivemos três fases de reabertura. Chamamos de reabertura segura a fase 1, transição segura a fase 2, e finalmente nação segura, que é a fase 3”, informou Ng. A fase 3 basicamente ficou em vigor até um tratamento efetivo de vacinas impedirem a disseminação da covid-19. E essas fases serão aplicadas dependendo do nível de transmissão do vírus em Singapura. “Então, quanto pior for a transmissão, mais fortes serão as restrições. Portanto, é uma abordagem calibrada”, informou o diplomata singapuriano.
Em Singapura, iniciamos a fase 1 em Junho. As atividades comerciais e sociais foram as mais severamente restringidas. E então a fase 2, onde temos uma transição segura, começou no final de Junho, quando as restrições às reuniões sociais foram relaxadas. A fase 3 começou em Dezembro, e foi quando permitimos jantar em restaurantes, cultos religiosos, exercícios internos. Permitimos com algumas restrições, como uso de máscara e distanciamento social. Também usamos um aplicativo que permite que os cingapurianos e o público o usem ao entrar e sair de todos os prédios. A chave é ser flexível e estar pronto para se adaptar e mudar dependendo da gravidade da situação. Porém, em todos os momentos em Cingapura, os serviços essenciais como saúde (hospitais, clínicas …), bancos, supermercados, transportes públicos, sempre estiveram abertos, porque sentimos que era necessário para a vida continuar. Claro, com as restrições e orientações necessárias, uso de máscara e distanciamento social.
“Em Singapura, todas as pessoas que podem ter tido contato com o vírus ou eram suspeitas tiveram que se submeter a testes”, informou o diplomata singapuriano, acrscsnttsbdo, ainda, que “testamos o mais amplamente possível, a fim de identificar e isolar casos e prevenir a propagação do vírus para a transmissão da comunidade”.
Todos os casos confirmados de covid, ainda segundo Ng, foram colocados em quarentena por pelo menos 14 dias até que um teste mostrasse que eles não eram mais capazes de transmitir o vírus. Indivíduos que tiveram contato com um caso confirmado também foram colocados em quarentena num total de 14 dias. E sob ordem estrita não podiam deixar suas residências. Viajantes de outros países também foram colocados em quarentena por 14 dias, e foram testados na chegada.