Por: Claudia Godoy
Beistum é uma inscrição talhada em uma falésia que fornece o mesmo texto em três línguas, contando a história das conquistas do xá Dario I (550 a.C. a 486 a.C). O texto é um tesouro, ilustrado com imagens em tamanho real do rei com outras figuras.
O texto está num penhasco do Monte Behistun na província de Quermanxá, no Irã. Simplesmente, a inscrição é para a escrita cuneiforme o que a Pedra de Roseta significa para os hieróglifos, um documento que ajudou a decifrar uma língua até então esquecida. Faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.
O rei Dario I da Pérsia faz, no documento, uma declaração com três versões em três línguas e alfabetos diferentes: persa antigo, elamita e babilônio. O rei Dario, o Grande, foi o terceiro rei do Império Aquemênida e governou o império durante o seu auge, quando compreendia boa parte da Ásia Ocidental, o Cáucaso, a Ásia Central, partes dos Bálcãs, como Bulgária, a Romênia e a Panônia , regiões do norte e nordeste da África, incluindo o Egito, o leste da Líbia, o litoral do Sudão e da Eritreia, bem como a maior parte do Paquistão, as ilhas do mar Egeu e o norte da Grécia, a Trácia e a Macedônia.
Um oficial do exército britânico, Sir Henry Rawlinson, transcreveu a inscrição duas vezes, em 1835 e em 1843. Rawlinson traduziu o texto cuneiforme em persa antigo em 1838, e os textos em elamita e babilônio em 1843. Babilônio foi uma antiga forma de Acadiano: ambas são línguas semíticas.