Mamíferos e marsupiais biofluorescentes australianos surpreenderam cientistas em descobertas acidentais realizadas no último mês de novembro.
A manifestação da biofluorescência – fenômeno onde ondas de luz são absorvidas e reemitidas com base nas propriedades da pele do animal, gerando um fascinante brilho no escuro – em animais como ornitorrincos e wombats empolgou pesquisadores pelo mundo todo.
É sabido que tal luminosidade ocorre em alguns insetos e criaturas marinhas, porém não se sabia que ocorria em outros mamíferos australianos até que cientistas do Museu da Western Australian verificaram em suas gavetas de espécimes a fim de checar o relatório proveniente dos Estados Unidos.
Os descobrimentos fizeram com que especialistas trabalhassem juntos para confirmar a biofluorescência em tais animais, e com que comecem a procurar uma razão para que ela possa acontecer.
Paula Anich, pesquisadora do Center for Science and the Environment, nos EUA, decidiu verificar algumas amostras que tinha à mão. “Puxamos a gaveta do monotremato – mamíferos que põem ovos como os ornitorrincos – e os ornitorrincos brilharam, e foi incrível”, disse ela à ABC Radio Hobart.
O paleontólogo Kenny Travouillon acredita que um provável benefício de brilhar no escuro seja avistar a própria espécie à distância, e, com isso, se sentir seguro de se aproximar.
A Austrália é conhecida pela sua fauna bizarra. Crocodilos gigantes, ornitorrincos e diabos-da-tasmânia são só alguns exemplos da variedade de animais incomuns nesse país. Acontece que o fato do país ser uma ilha proporcionou diversas formas de evolução não tão comuns em outros lugares do mundo. Alguns animais, como o próprio ornitorrinco, só existem na Austrália.