Hoje começo uma nova página que vai destacar animais incríveis do nosso planeta.
Arno Kayser – Agrônomo Ecologista e Escritor
Será que haveria vida na Terra sem os animais? O fato é que sem os animais a vida tenderia a se extinguir.
Primeiro porque eles cumprem um papel básico para o equilíbrio do planeta. São os principais responsáveis pela respiração.
Fenômeno que equilibra a fotossíntese. Esta precisa de luz solar, água e gás carbônico, para produzirem açucares. Os animais, ao respirarem, quebram estas moléculas e absorvem a energia armazenada. Com isto liberam a água e o gás carbônico novamente.
Em particular a liberação deste último é fundamental para a vida vegetal. Embora as plantas também respirem, a liberação de gás carbônico é mais lenta. Num ambiente sem animais haveria uma forte tendência a que o gás carbônico ser fixado nas plantas. O que interromperia a fotossíntese e diminuiria, drasticamente, o efeito estufa produzido pela camada de gás carbônico.
O resultado seria uma queda na temperatura média e a morte, por inanição, das plantas.
Além disto os animais são fundamentais para controlar a população vegetal. Os herbívoros, ao consumirem as plantas, renovam o ciclo da vida vegetal, ao oportunizar que novas plantas ocupem seu espaço.
Os dejetos animais fornecem nutrientes às plantas de uma forma mais rápida, por já saírem pré-digerido do trato intestinal. O que associado ao controle populacional dos herbívoros, praticado pelos carnívoros, permite novos ciclos de vida vegetal na Terra.
Em ambientes marinhos os animais são responsáveis pelo controle da salinidade da água. Ao fixarem parte dos sais dissolvidos em seus corpos, eles impedem que a salinidade alcance atinja níveis que possam extinguir a vida no mar.
Do ponto de vista cultural os animais tem um grande papel. Em muitas culturas simbolizam forças da natureza e características humanas, ocupando um papel fundamental na mitologia destas tradições.
Os animais silvestres são importantes como fonte de beleza e encantamento no convívio cotidiano com eles.
Ainda que muitos possam trazer algum risco ou dano potencial à saúde de um modo geral a maioria das espécies silvestres é parte fundamental da identidade de uma região.
A situação de espécie daninha quase sempre é conseqüência de algum erro humano e sua ocorrência é um sinal de alerta. Baratas e ratos são sinônimo de mau manejo do lixo. Mosquitos e muriçocas de águas contaminadas por esgotos.
Os animais, mesmo com toda tecnologia moderna, têm papel fundamental na vida humana.
Na agricultura são fonte de tração de alimentos. Muitos esportes e atividades de lazer dependem dos animais.
Os animais de estimação são uma fonte de alegria e satisfação. Quantas pessoas, hoje em dia têm na amizade de um animal uma das principais, senão a principal, companhia?
Mas nem todos os animais estão bem no mundo do bicho homem.
Muitas espécies silvestres estão ameaçadas pela destruição de habitat natural em decorrência da caça, corte, poluição ou exploração agrícola, extrativismo, mineração ou produção industrial.
Na agricultura muitos animais sofrem maus tratos na produção de carne e outros alimentos. Em especial nas criações confinadas.
Nas ruas vemos milhares de animais abandonados ou sofrendo maus tratos nas mãos de pessoas despreparadas para lidar com respeito que merecem.
Mesmo em casas de posses vemos bichos doentes por estarem sujeitos a hábitos não condizentes com sua condição animal. Os caprichos dos donos expõem os animais aos mesmos problemas dos modernos humanos. O que longe de carinho representa desrespeito à condição existencial destas criaturas.
Reflexões que fazemos inspirados no santo protetor dos animais, Francisco de Assis. Um cristão que entre muitas ações se destacou por seu apostulado em prol destas criaturas que têm nos acompanhado na aventura terrestre.
O esquilo-gigante-indiano (Rarufa indica) não chega a ser o maior do mundo, mas está perto. São nativos da Índia e se alimentam de frutas, flores, nozes e cascas de árvores.