A Embaixada do Paquistão denunciou nesta quinta-feira (26) fascismo crescente na Índia devido às violações de direitos humanos patrocinados pelo atual governo nos territórios de Jammu e Caxemira. As contínuas violações patrocinadas pelo governo indiano, ainda segundo a representação diplomática paquistanesa, em Brasília, exigem a atenção da comunidade internacional para evitar uma catástrofe humana. A Caxemira é de maioria muçulmana e a Índia é majoritariamente hindu. Resolução da ONU já estabeleceu que deveria ser feito plesbicito para que a população caxemire decididisse o seu futuro.
A repressão na Caxemira. Foto: Embaixada do Paquistão.
De acordo com nota paquistanesa, a ideologia extremista do (BJP) Partido Bharatiya Janata é evidente a partir da adoção da Lei de Emenda à Cidadania, de 2019, que revoga os artigos 370 e 35-A da Constituição indiana em desafio à Resolução da ONU.
O Artigo n° 370 da Constituição da Índia deu um estatuto especial a Jammu e Caxemira conferindo-lhe o poder de ter uma constituição separada, uma bandeira de estado e autonomia sobre a administração interna. O governo da Índia revogou esse estatuto especial em agosto de 2019 por meio de uma ordem presidencial e da aprovação de uma resolução no Parlamento. Para os paquistaneses, “a abordagem autoritária do governo indiano contribuiu para a revogação dos artigos e continua a escalar o conflito da Caxemira…”.
Veja a região no mapa. Foto: Wikipédia.
O Paquistão acredita que a revogação da cláusula de proteção das terras caxemires tem o objetivo de desapropriar a população originária por meio de aquisição de terra por não residentes e espremer os locais psicológica e financeiramente. A mudança na engenharia local, ainda de acordo com a representação diplomática paquistanesa, em Brasília, causará impacto no futuro plebiscito estipulado pela ONU para que a população decida o seu futuro na Caxemira.
Além disso, os paquistaneses denunciam que os indianos incitam divisões sociais e étnicas, envolvendo-se em disputas com países vizinhos, como Nepal, Butão, Sri Lanka, Bangladesh, China e Paquistão. “…e, apesar do crescimento da pobreza, fazem enormes gastos no orçamento de defesa”, afirma a nota da Embaixada do Paquistão.