Com informações da Embaixada do Paquistão
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, voltou a condenar hoje (27) a ocupação ilegal da Caxemira
pela Índia e reiterou o apoio ao povo Caxemire. “O Dia Negro da Caxemira representa um capítulo sombrio na história da humanidade há mais de 73 anos, quando as forças indianas desembarcaram em Srinagar para ocupar o território à força e subjugar os povos de Jammu e Caxemira”, informou o primeiro-ministro por meio de nota à imprensa divulgada pela embaixada do Paquistão, em Brasília.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan. Foto: divulgação.
Ainda de acordo com a nota do primeiro-ministro paquistanês, divulgada pela Embaixada do Paquistão, a ocupação ilegal de partes de Jammu e Caxemira pela Índia representa uma disputa internacional, cuja solução está firmemente ancorada em Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) de acordo com a Carta da ONU. “Apesar das constantes atrocidades indianas aprovarem uma ameaça de vida por mais de sete décadas, a Índia é incapaz de quebrar a vontade do povo da Caxemira”, informa a nota à imprensa.
E continua: “a comunidade internacional testemunha que o terrorismo do estado indiano, assassinatos extrajudiciais de caxemires inocentes, restrições sem precedentes à liberdade de expressão, encontros falsos, operações de isolamento e busca, tortura e mortes sob custódia, desaparecimentos forçados, encarceramento de líderes e jovens da Caxemira, uso de balas de chumbo, destruição e queima de casas para infligir ‘punição coletiva’ às comunidades
da Caxemira e outros métodos de subjugação não conseguiram abalar a determinação do povo Caxemire em sua justa luta pelo direito inalienável à autodeterminação”.
Imran Khan afirma que, iniciadas em 5 de agosto de 2019, as ações unilaterais da Índia impuseram um cerco militar e bloqueio de comunicação acompanhados por medidas ilegais para provocar mudanças demográficas em Jammu eCaxemira. Além disso, de acordo com o primeiro-ministro paquistanês, as medidas expõem mais uma dimensão da ideologia ‘Hindutva’ inspirada no RSS. “A perigosa mistura de ideologia extremista (Hindutva) e projetos hegemônicos (Akhand Bharat) põe em risco a paz e a estabilidade regional”, declarou Khan.
O primeiro-ministro paquistanês afirma que a legitimidade internacional da disputa de Jammu e Caxemira está consagrada
nas resoluções do Conselho de Segurança, que são irrevogáveis. “É responsabilidade
coletiva de todos os estados-membros garantir o cumprimento por parte da Índia de suas obrigações internacionais”, afirmou Khan. Ele acrescentou que o Paquistão exorta a comunidade internacional a tomar medidas práticas para impedir a Índia de usar o terrorismo de estado como ferramenta para
desestabilizar a região e trabalhar para uma resolução pacífica da disputa de Jammu e Caxemira de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança e aspiração do povo Caxemire. “Esta é a única maneira de garantir a paz e estabilidade duradoura no Sul da Ásia”, declarou o primeiro-ministro.
“Por sua vez, o Paquistão continuará ombro a ombro com o povo Caxemire e estenderá
todo o apoio possível à eles até que realizem seu legítimo direito à autodeterminação”, finalizou o primeiro-ministro por meio da nota paquistanesa.