quinta-feira, 10, outubro, 2024
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ARTISTAS 🎨DO 🎶MUNDO- China 🇨🇳 – Lang Lang

O ARTISTAS🎶 DO 🎨MUNDO apresenta hoje o chinês Lang Lang, astro mundial do piano.
Nascido em Shenyang (Nordeste da China) em 1982, Lang Lang fez seu nome com os grandes compositores românticos. Mas, para ele, Johann Sebastian Bach (1685-1750) é o mais adequado para o nosso tempo, abalado pela epidemia do coronavírus.
“A música é um bom remédio nestes tempos particulares. Bach, comparado a outros grandes compositores, tem um poder de cura ainda maior”, afirma.
 
Lang Lang conta que durante a pandemia, voltou a estudar “algumas das grandes peças românticas que não tocava há algum tempo: Rachmaninov, Tchaikovsky” e conclui: “Minhas mãos não ficaram geladas”.
 
Como todo astro, Lang Lang tem um seguro milionário de suas mãos. “É ridículo, muito caro”, diz. “Aquilo de que mais sinto falta são os palcos”, comenta o pianista, que fazia pelo menos 90 concertos por ano, em todo o mundo. Neste 2020, teve que cancelar mais de 70 apresentações. “Espero a vacina, para tomar e viajar”, disse.
 
Ele lançou no início do mês sua versão das Variações Goldberg, uma “composição maravilhosa” para “remediar” a insanidade da era Covid. As Variações Goldberg, BWV 988, formam um conjunto de variações para cravo compostas por Johann Sebastian Bach. Publicadas inicialmente em 1741 como o quarto volume da série Clavier-Übung de Bach, a obra é considerada um dos mais importantes exemplos da forma variação.
 
“Toquei muito Bach quando era pequeno”, lembrou o pianista, apoiado em um Steinway, em um grande hotel em Pequim. Lang Lang já tocava as 30 Variações aos 10 anos e as sabia de cor sete anos mais tarde. “Memorizá-las não foi tão difícil, porque comecei cedo”, comentou.
 
“Levei 27 anos para estar preparado”, disse rindo. “Nunca trabalhei em uma peça por tanto tempo.” É que técnica é uma coisa, mas apropriar-se da música, torná-la sua, é outra. “Esperei anos para conhecer melhor a peça. Quando comecei a gravá-la, morria de medo e gravava outra coisa. Se eu não sinto que uma obra se torna parte de mim, se eu não a entendo completamente, não me sinto confortável em gravá-la.”
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