O Departamento de Estado dos Estados Unidos incluiu nesta semana novamente Cuba na lista de países que não colaboram na lista antiterrorista. A ilha tinha saído dessa lista em 2015.
Bruno Rodríguez, chanceler cubano durante o discurso de rejeição à inclusão na lista norte-americana. Foto: Reprodução Twitter.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, destacou, no Twitter, que Washington incluiu Havana na lista de países que não colaboram com a luta antiterrorista, mas ainda não condenou ataque à embaixada cubana em abril. Dezenas de tiros foram disparados contra a representação diplomática, em Washington.
O chanceler de Cuba rechacou a reincorporação de Cuba na lista negra dos EUA. Ele considera a lista “espúria”.
Segundo o diplomata, os EUA “escondem seu histórico de terrorismo de Estado contra Cuba e impunidade a grupos violentos em seu território”.
Em um discurso, o chanceler recordou que existe uma “longa e sangrenta história de terrorismo contra as missões diplomáticas de Cuba nos EUA e contra seus funcionários”.
O Departamento de Estado dos EUA informou que a reincorporação na lista ocorreu porque membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia, viajaram em 2017 para Cuba com o intuito de realizar negociações pela paz. Havana teria se negado a extraditar à Colômbia integrantes desta organização de guerrilha.
“A recusa de Cuba a se comprometer produtivamente com o governo colombiano demonstra que não está cooperando com o trabalho dos EUA para apoiar os esforços da Colômbia para assegurar paz, segurança e oportunidade justa e duradoura para seu povo”, declarou o Departamento de Estado norte-americano.
Na lista, além de Cuba, estão Irã, Síria, Coreia do Norte e Venezuela.